quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nota

É como se houvesse um grande precipicio entre eles. Antigamente em um passado não tão distante, tinham tamanha liberdade e diferente dos outros casais, tinham uma grande intimidade, apesar do pouco tempo em que se conheciam, sabiam que entre eles não havia nada além deles, não havia nada além dos olhares, dos abraços longos e da tamanha atração que os perseguia e fazia com que ficassem ali, inseparáveis. Caminhando juntos, as mãos se entrelaçavam como se sempre estivessem unidas.. "Quando se sonha só é só sonho, mas quando se sonha junto, se realiza." Pensou ela e desejou com todas as forças possíveis que os sonhos que eles planejavam realmente se realisassem, mas dias depois, tudo se foi.. Ele se foi, os sonhos se foram, a presença não estava mais ali e o cheiro dele ainda estava em seu travesseiro, mas tempo depois, sumiu também.
"Aconteceu, estava escrito assim, eu em você, você em mim, eu te encontrei.." Agora, caminha sozinha, como sempre caminhava e anda, vagando pelas ruas vazias, procurando aquela felicidade que se foi com ele, vaga em busca daquela sensação de estar apaixonada e vai, vai, vai e indo, vai indo.. As vezes, quando o vento sopra seus cabelos por entre as ruas cheia de pessoas vazias, ela sente como se ele ainda estivesse ali, do lado dela, a acompanhando pelo dias que passam, mas logo nota que ele está longe, longe como nunca esteve até então, e por mais que a sua vontade fosse de correr para ele e acabar com todo esse afastamento, ela sabe que deve ficar assim, tudo como está, mais uma vez abrindo mão de algo que ela não tinha a pretensão de abrir mão e que agora por mais que seja ruim, ela precisava voltar a caminhar sozinha, ela precisa acordar e abrir os olhos e ver que não ninguém além dela na cama e que só tem uma xícara de café na mesa. A vida segue, sempre seguiu e mais uma vez seguirá, entre uma mensagem e outra ela lembra que havia algo nele que não havia nos outros meninos, o encaixe perfeito de seus corpos, suas mentes e seus olhares, mas.. sempre há capítulos sem términos, esse é só mais um.

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