sábado, 6 de abril de 2013

Seguir sobretudo em frente.

Por muito tempo eu vivi aqui.. 
Hoje, sentada em minha cama, no meu quarto, talvez pela última vez..
Eu jamais o verei assim.. tão vivo,  com essa parede mais destacada, com aquele mural na parede.. 
É estranho, jamais pensei em mudar, porque toda vez que algo dava errado, adivinha para onde eu ia? Era para cá que eu fugia, era como um refúgio.. um porto seguro contra tudo e todos, hoje não é mais. Hoje são lembranças, recordações de uma pequena parte de minha vida, memórias de minha própria mudança, e olha que engraçado, hoje quem muda não sou eu, é a casa; amanhã serão caixas empacotadas e depois, um lugar vazio.. 
Cada lugar deixa uma marca e o quarto da gente é uma extensão da  nossa alma, aqui nós "moldamos" nossa vida como desejamos e por mais que lá fora não seja como sonhamos, nessas quatro paredes somos somente nós, seres humanos nus, desejando dias melhores, vivendo e o mais importante construindo memórias sobre tudo, as quais hoje são a única coisa que restará desse materialismo.
Semana que vem passarei nessa rua e lembrarei daquele dia que caí andando de patins, lembrarei do dia que fiquei sentada em frente de casa olhando estrelas, lembrarei do dia em que cheguei aqui.. E hoje, lembrarei do dia em que sairei. Fechando ciclos, as coisas devem durar até que nos fazem felizes, a partir do momento que não somar mais, que suma.. É simples, ou ao menos deveria ser, desapegar-se não é fácil, mas é necessário, nada é para sempre.. NADA É CONSTRUÍDO PARA DURAR!
Aceite hoje para não sofrer amanhã, se não tem como continuar, aceite o fim, é melhor sofrer uma perda hoje do que passar o resto de sua vida se lamentando pelo que poderia ser feito e não foi. seja corajoso para colocar dentro de uma caixa tudo que não pode mais ser levado consigo, queime se preciso for, mas deixe-a para trás!

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